terça-feira, 24 de maio de 2011

A VONTADE DE FAZER JUNTO


Quando ocorrem tragédias como as provocadas pelo tsunami no Japão, dois fenômenos acontecem quase que simultaneamente. O primeiro é o da solidariedade, que surge de onde menos se espera e se espalha entre pessoas, cidades e continentes. A solidariedade se expressa tanto por ações comuns como por atos heroicos e aumenta em muito a esperança dos que estão sofrendo, de que uma solução vai ser encontrada. O segundo fenômeno é o da colaboração.
Trata-se de um tipo de ação solidária que une pessoas em busca de objetivos comuns. É compreensível que o espírito colaborativo ganhe vigor em momentos críticos. O ideal, porém, seria que ele estivesse presente no enfrentamento de todas as dificuldades que uma pessoa encontrasse. Por que isso não acontece? Vamos analisar a questão, começando pela origem da palavra: co + labor + ação, ou seja, uma ação trabalhada em conjunto por duas ou mais pessoas.
Colaboração é uma ação trabalhada em conjunto por duas ou mais pessoas

Note que a palavra não se refere apenas a uma combinação. Precisa ter a ação. Existem condições que favorecem a ocorrência de colaboração. Valores comuns, por exemplo. Também ajuda a clara existência de ética. E, fundamentalmente, objetivos comuns claramente definidos e resultados sempre compartilhados permitem que a colaboração floresça. Boa receita. Simples e prática. E o que atrapalha a colaboração? A não existência das condições citadas.
Há também outro inimigo: o excesso de individualismo. São as agendas ocultas, o ciúme e a fatal presença da figura que chamo de "professor de deus". Trata-se daquele cara que acha que sabe tudo e diz que, para ele, tudo é fácil. Os sentimentos adversos de ciúme e a irritante presença de um individualista acabam com qualquer esforço de colaboração. A boa notícia é que é fácil identificar esses pontos críticos e atacá-los de forma direta, para resolvê-los ou minimizá- los. Mas e o professor de deus? Pode ser que ele melhore sob uma intensa pressão coletiva ou com um processo de aconselhamento. Se deus quiser.
Você s/a


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