terça-feira, 24 de maio de 2011

DE QUE VALE A GERAÇÃO Y?


Não entendo este estardalhaço todo que fazem em torno da Geração Y. Dizem que são antenados com as novidades tecnológicas, criam maravilhas em seus quartos e garagens, são culturalmente proativos  e têm especial talento para questionar o status quo.
Pois os Baby Boomers também se adaptaram rapidamente à TV em cores, levaram o homem à Lua, celebraram a paz e o amor em Woodstock e chacoalharam países inteiros com suas revoluções estudantis.
Depois veio a Geração X que dominava o play e o stop do videocassete e do walkman, desenvolveu e disseminou os computadores pessoais (e a Internet), massificou os movimentos culturais e derrubou o muro de Berlim.
Certamente que esta nova geração também está fazendo por merecer seu destaque na história da humanidade, em todos os aspectos destacados no primeiro parágrafo. Mas ela é a primeira que exige aplausos antes de concluir sua obra. Se há um traço de personalidade marcante nos Ys, este é o narcisismo.
Tomemos como exemplo os maiores sucessos da Internet: o Facebook pergunta “no que você está pensando agora?”, enquanto o Twitter quer saber “o que está acontecendo [com você]?” São dois pedidos explícitos para você mostrar seu umbigo, como se todos quisessem vê-lo. Como se todos fossem curtir o fato de você ter comido outro Kit Kat, ou retuitar seu vídeo declarando seu amor pelo Restart.
Menos, pessoal, menos. Antes de se sentar na janela, você precisa entender um pouco como o ônibus funciona, para onde ele está indo e quem já estava dentro dele quando você entrou. Você deverá comprar sua passagem, porque a que o seu pai lhe deu não vai levar você a todos os lugares que quer ir. Até porque, a maioria dos lugares você não faz a menor ideia de onde fica.

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