terça-feira, 10 de maio de 2011

PARE DE QUERER CONTROLAR TUDO!


Pessoas do tipo controladoras têm mania de perfeição e 
não encaram de maneira prática os imprevistos nem a necessidade
 de 
mudança. O resultado disso é viver em constante estresse, ansiedade
 e frustrada. Segundo a psicoterapeuta comportamental Nancy Erlach
 Danon,
 de São Paulo, por não tolerarem a frustração, indivíduos de 
comportamento perfeccionista e controlador sentem muita dificuldade
 para se relacionar,
 tanto na vida íntima como no trabalho. "Quem vive dessa maneira
 limita a relação, podendo se tornar arrogante, irritado, ansioso e 
solitário", afirma.
Um bom treinamento para quem age dessa maneira é tentar validar
 as opiniões alheias. "A primeira coisa que um obcecado por 
resultados precisa perceber é que não existe nada e nenhuma 
circunstância na vida em que ele esteja completamente só e possa
 administrar tudo", diz a psicoterapeuta Vera Calvet.

O que fazer para corrigir os outros sem ofender? "Peça permissão 
para emitir sua opinião e nunca seja taxativa ao mostrar o erro. 
Proponha uma nova atitude mais construtiva, valorizando o que há de
 positivo e sugerindo uma mudança de estratégia. Ou seja: em vez 
de ser incisiva, pergunte."

O receio de que as coisas saiam erradas muitas vezes nos impede 
de enxergar que a solução está logo ali. Outro ponto importante é 
manter o foco no presente, evitando sofrer por antecipação ou projetar
 problemas que ainda nem existem. "Cultivar o contentamento e 
a apreciação do que é simples é uma prática extremamente saudável. 
Assim como certa flexibilidade física é fundamental para 
a saúde do corpo, a maleabilidade mental é essencial para o bem-estar", 
diz Christina Carvalho, estudiosa da filosofia budista que traduziu para
 o português o livro As Seis Perfeições – Como Atingir o Bem-Estar 
Supremo,
 de Geshe Sonam Rinchen (ed. WMF Martins Fontes).

Como conviver com pessoas controladoras

Se você convive com alguém assim, sabe que agradar é praticamente 
impossível. E ainda tem mais: o controlador sempre está atento às 
menores falhas. "Por mais bem intencionado que seja, ao fazer uma
 crítica, o indivíduo estará sempre se colocando como mestre e
 impondo seu ponto de vista a quem não pediu sua opinião",
 afirma Vera Calvet.

Se você é o alvo da crítica, duas atitudes podem minimizar seu impacto. 
A primeira é ter a humildade para ouvir e assimilar o que é válido.
 A segunda é relativizar o comentário, evitando melindres. "
Os mestres budistas ensinam que as críticas são sempre mais valiosas 
do que os elogios, já que nos alertam para os pontos que precisamos
 melhorar", diz Christina

Na opinião da autora, para combater o veneno da exigência perfeccionista, 
nada como uma boa dose de generosidade e paciência. "É importante 
cultivar o desapego, não só das coisas materiais mas também das 
expectativas de retorno. Com sentimentos nobres e sendo pacientes,
 deixamos de esperar tanto do outro e da vida. Na concepção budista,
 o limite entre a integridade e a intransigência deve ser traçado
 à base do bom senso", diz.
Revista bons fluídos

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