quinta-feira, 24 de novembro de 2011

COMO GERENCIAR EQUIPES DE DIFERENTES GERAÇÕES


A entrada cada vez mais expressiva da geração Y e o desligamento tardio de profissionais mais experientes da geração X evidenciam uma realidade do mercado de trabalho: a junção de gerações e os desafios de gerir equipes com perfis e habilidades tão diferentes.
Neste cenário, em que integrantes de duas e às vezes até três gerações convivem e interagem por um mesmo objetivo, buscar o equilíbrio requer do líder um exercício constante de maturidade, flexibilidade e perspicácia. Se por um lado as diferenças de gerações e perfis podem gerar conflitos, por outro, há uma riqueza imensurável na troca de experiências, ideias e atitudes.
O líder à frente de uma equipe diversificada tem em suas mãos a possibilidade de otimizar a sinergia do grupo através da valorização das habilidades individuais dos colaboradores. Contudo, o gestor deve trabalhar continuamente o desenvolvimento de ações individuais e os diferentes resultados obtidos por cada um, a fim de entender os pontos fortes e as motivações de cada colaborador.
Com base nessa percepção, é possível administrar melhor as funções e anseios de cada membro do grupo. Nem sempre o líder consegue conciliar todas as aspirações da equipe, mas reconhecer os talentos e oferecer oportunidades a cada membro fortalece o engajamento dos colaboradores.
Alguns estudos apontam que pessoas que exploram seus pontos fortes conseguem aprimorar ainda mais seus talentos e resultados. Assim, o líder deve reforçar em sua equipe as habilidades de cada geração e, principalmente, a contribuição que cada perfil traz para o grupo.
Em geral, a atuação conjunta de diferentes gerações é sempre muito positiva. Isso porque, de alguma forma, os perfis se completam. Enquanto a geração X tem a oferecer a maturidade e sabedoria para resolver conflitos e atuar em projetos de resultados de longo prazo, com calma e objetividade, a geração Y busca o imediatismo e a inovação para o grupo. Ao líder cabe mediar ideias, melhorias sugeridas e a diversidade de opiniões para tomar uma decisão. Nem sempre é possível agradar a todos, mas o foco precisa ser sempre o melhor para a equipe e a empresa.
É evidente que o choque de gerações pode gerar conflitos, principalmente no que se refere ao posicionamento de ideias, valores e objetivos. Contudo, mesmo os conflitos internos devem ser entendidos e aproveitados no crescimento da equipe e no aprimoramento da gestão. O feedback constante dos colaboradores envolvidos e a prática contínua de ouvir as pessoas, minimiza essas possíveis dificuldades e beneficia o amadurecimento da equipe.
No desenvolvimento de um novo produto ou serviço, por exemplo, quanto mais perfis diferentes estiverem envolvidos na composição da equipe, melhor será o resultado do estudo, que possibilitará entender o comportamento e atitudes de cada geração alvo do lançamento.
Equipes mistas favorecem a criação e o desenvolvimento de projetos e ações com as mais diferentes opiniões. Por isso, um bom gestor, que utilize os benefícios, potencialidades e talento individual das equipes diversificadas a seu favor, sempre terá uma fonte inesgotável de possibilidades e habilidades. As empresas só tendem a ganhar com essa relação.

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