Muito se fala nas melhores empresas para trabalhar, e há muitos rankings nacionais e internacionais que avaliam essa questão, em diversas categorias e atividades. Mas qual seria o melhor profissional para se contratar? Afinal, para uma organização ser considerada boa para trabalhar, seu material humano tem extrema relação com esse adjetivo.
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É claro que ser considerado um bom funcionário, vai depender muito da cultura da empresa e do conceito de sucesso de cada área. Mas em termos gerais, o funcionário ideal é aquele determinado a progredir, que trabalha em equipe, disposto a encarar desafios, aberto ao diálogo, batalhador, confiante no futuro da empresa e preocupado com as causas sociais e com o papel da empresa. “O indivíduo que sabe orquestrar bem este conjunto de recursos e que adiciona a eles a capacidade de liderança, de inspirar os outros, de motivar os outros frente a uma visão, faz com que as pessoas caminhem em determinada direção antecipando o futuro”, afirma Wilson Roberto Lorenço, sócio-diretor da Compass, empresa de consultoria, treinamento e pesquisa organizacional.
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O bom profissional é aquele que consegue encontrar motivação mesmo que a situação na empresa não ajude. A motivação é antes de tudo algo que pertence ao indivíduo, embora o ambiente e a empresa possam cultivar e potencializá-la. São nos momentos difíceis que muitas vezes esta característica é mais crucial. As pessoas devem considerar seu trabalho e sua profissão não somente sob o aspecto da empresa que a emprega, mas a partir de múltiplos níveis de compromisso que ela estabelece na execução do mesmo, seja com clientes, fornecedores, pares, equipe e comunidade.
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Na seleção de um novo colaborador, o que pode pesar efetivamente na contratação de um candidato podem ser detalhes de sua personalidade. “Conheço empresas que no processo seletivo, já procura identificar valores pessoais e organizacionais, pois a empresa não quer correr o risco de perder um excelente profissional porque os valores pessoais não estão alinhados à cultura da companhia. Outras organizações que não têm esse hábito ou essa preocupação vão acabar conhecendo outro lado do funcionário no dia-a-dia do trabalho”, completa Lorenço.
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Mesmo no passado, quando se cobrava mais tempo em carteira assinada do que hoje, temos que partir do seguinte princípio: que empresa trabalhou, qual atividade desenvolvia, porque se desligou, se deram oportunidades e recursos ao funcionário ou se é alguém sempre insatisfeito. Então tudo isso deve ser colocada na balança.
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Quando se ouve falar que vivemos, cada vez mais, em uma escassez de talentos, é justamente devido à dificuldade de se encontrar profissionais com o perfil adequado ao que é definido como ideal para cada vaga ou situação. “Creio que são sim as exigências do ambiente competitivo que determinam perfis de vagas onde há dificuldade de encontrar candidatos adequados a situação”, explica Fernando Viriato de Medeiros, diretor de Recursos Humanos da Accor Hospitality – América Latina.
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Características positivas e negativas
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Comprometimento: as organizações buscam pessoas empenhadas em buscar resultados, que se comprometem em fazer acontecer. É mais uma atitude pessoal do que uma habilidade adquirida em faculdades ou em pós-graduações, por exemplo. Fazer tudo que é possível e impossível para chegar a um resultado satisfatório. Para o diretor de RH da Accor, o colaborador ideal deve ter predisposição de desenvolver na empresa, habilidades técnicas não essenciais a função que ele irá desempenhar inicialmente e outras habilidades de lideranças e comportamentais que a própria empresa pode desenvolver.
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O profissional ideal buscará um crescimento na carreira, seja em uma formação gradual, seja em leituras complementares. Mas, principalmente manter contato com pessoas mais experientes na área de atuação para aprimorar esse desejo. Buscar também um feedback, se interessar pelas atividades e absorver observações positivas são fundamentais. “Sempre fui partidário em ampliar conhecimento. Conheço pessoas que desenvolvem a mesma atividade há mais de 15 anos e não sentem a necessidade de mudar, deixam claro que não querem deixar aquela atividade. Sabemos que pessoas que ficam muito tempo em uma mesma atividade, pode se prejudicar no futuro. Mas, também imaginar que isso não é possível, ou que seja errado, também é rotular” esclarece Lorenço.
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“Todas as questões que definem o ‘funcionário ideal’, tais como a determinação para progredir, a habilidade para trabalhar em equipe, a disposição para encarar desafios, a abertura ao diálogo, a persistência, a confiança no futuro da empresa e a preocupação com as causas sociais e com o papel da corporação, são aspectos comportamentais”, define Medeiros. Essas modalidades estão cada vez mais ganhando peso maior na hora de avaliar um profissional.
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Individualismo, desonestidade, descaso, falta de ética e de espírito de equipe e a falta de visão da importância das pessoas nos negócios. Essas são apenas algumas das características que prejudicam o colaborador e, que, em sua maioria, já são procuradas para identificação no próprio processo de recrutamento e seleção. “Em uma organização, o nível de responsabilidade impõe muitas vezes limites diversos ao que se pode considerar como inaceitável. Desde este ponto de vista, devemos levar em consideração que no caso dos líderes, há uma carga maior de compromissos e responsabilidades com a organização, as pessoas, o acionista e demais públicos de interesse”, finaliza o diretor da Accor Hospitality.
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